quinta-feira, 14 de maio de 2015

O desenvolvimento científico da natação, sob aspectos da biomecânica!




No dia 12 de maio de 2015 a Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo recebeu João P. Vilas-Boas, da Universidade do Porto (Portugal). Os alunos do PET-EEFE e o Laboratório de Biomecânica foram responsáveis por organizar uma palestra gratuita e aberta ao público sobre "O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO DA NATAÇÃO, SOB ASPECTOS DA BIOMECÂNICA". Eu, Andrea, estive presente nesta palestra e vou contar um pouquinho para vocês do que foi dito! 

Um dos objetivos da biomecânica do esporte é o de, num primeiro momento, caracterizar um determinado padrão motor e, num segundo momento, intervir no sentido de incrementar a eficiência motora. 

No que diz respeito as forças atuantes no nado, denominadas forças hidrodinâmicas, são: propulsão e arrasto (opostas ao deslocamento do nadador). Quanto a inércia do nado é de grande relevância a massa do nadador e também a massa acrescentada (sistema nadador água enquanto se desloca). Por fim a cinemática do nado, trata-se do movimento do nadador e do movimento da água. Todos estes fatores determinam a qualidade do nado do indivíduo. 

Quanto menor for a intensidade da Força de Arrasto Hidrodinâmico oposta à direção de deslocamento do sujeito, maior será a velocidade de nado para uma dada intensidade de Força Propulsiva. Assim, o aumento da velocidade de nado decorre do aumento da intensidade da Força Propulsiva e da diminuição da intensidade das diversas componentes da Força de Arrasto Hidrodinâmico oposta à direção do deslocamento do sujeito.




Ele ainda explica a importância de se olhar a performance em sua globalidade, não basta focar apenas em características fisiológicas sem levar em conta a biomecânica, comportamento motor, etc.

Nos deu detalhes dos conceitos propulsados básicos: Teoria do arrasto propulsão (empurrar água para trás), Teoria da sustentação hidrodinâmica (defletir água para trás) e por fim, Teoria dos vórtices (ejetar água para trás). Explicou sobre o tempo de partida do nadador, tendo que se levar em conta as capacidades e habilidades do nadador, condições de partida, tipo de bloco e técnica de partida.

E o polegar? Tem que se encontrar aduzido ou abduzido? Segundo Vilas-Boas, não devemos tratar o nadador como um robô, assim, não há posição ideal para o polegar, afinal durante os ciclos de braçadas o nadador altera a posição constantemente. Isto serve também para a posição dos dedos.

"Modelo ideal da aproximação é combinarmos a maioria das aproximações possíveis, ou seja, aquilo que nós ambicionamos é conseguir uma avaliação global do mecanismo do movimento, seja através de uma cinemática específica combinada com uma geometria específica, se possível, combinada com uma inércia específica. Conhecendo as forças e torques externos e internos que nos permitam perceber o porque que os músculos funcionam daquela forma, percebendo por isso qual o intuito energético requerido e qual o controle motor imprescindível, de tal forma que possamos modular e simular para conhecer os determinantes do treino, podermos oferecer feedback ao nadador e ao treinador, minimizar a ocorrência dos erros e melhorar o espetáculo competitivo na piscina no dia-a-dia"- Vilas-Boas.

Ficou curioso? Assista a palestra, acesse o link: 


Agradeço todos envolvidos na realização deste evento! 






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