quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Quadril Fraco X Joelhos em Risco!

As evidências sugerem que ha relação entre a força do quadril e lesões como a síndrome patelofemoral (Prins e Van Der Wurff, 2009), a síndrome da banda iliotibial (Fredericson et al., 2000), e lesões nos membros inferiores em geral (Nadler et al, 2002)

A fraqueza no quadril pode diminuir o controle dinâmico do valgismo do joelho, resultando em lesões de estresse repetitivo como a dor patelofemoral (Powers, 2003), aquela pouco abaixo do joelho, e a maldita síndrome da banda iliotibial (Ferber et al., 2010). No momento do contato do pé no chão, o joelho valgo aumentado pode resultar em uma pronação aumentada do calcanhar, o que tem sido associada à fascite plantar (Cornwall, 1999), a tendinite no tendão de aquilles (McCrory et al., 1999), síndrome do estresse tibial (Bennett et al., 2001), e fratura tibial por estresse (Milner et al., 2010)

"As mulheres estão mais sujeitas a lesões do que os homens. Diversos autores sugerem que a pouca força nos estabilizadores proximais do quadril pode contribuir para essa diferença (Lephart et al., 2002)"

No estudo cinemático e eletromiográfico de Zeller et al (2003) comparando a ativação do glúteo médio em homens e mulheres durante o agachamento em uma perna só, eles encontraram uma ativação de 77% da contração máxima para os homens, e 41% da contração máxima para as mulheres. Além disso, as mulheres demonstraram maior abdução do joelho durante a pisada, sugerindo que isso esteja relacionado ao diferente padrão de ativação do quadril entre homens e mulheres.

Acredita-se que a fraqueza do músculo glúteo médio (estabilizador do quadril) pode resultar em uma maior abdução do joelho durante a corrida enquanto o quadril tentar manter o controle dinâmico do movimento (Heinert et al, 2008). Segundo o estudo de Fredicson et al. (2000), corredores com síndrome da banda iliotibial tem uma força de abdução do quadril mais fraca na perna lesionada comparada a perna não lesionada e a corredores não lesionados.

Quando esse músculo está fraco, nós vemos que o quadril “cai” enquanto a pessoa corre. Isso acontece porque o  glúteo médio é um músculo que se contrai para evitar que o outro lado caia. Se ele está fraco, ele não consegue sustentar o quadril, que acaba prejudicando os músculos e tendões dos membros inferiores.

Zeller BL, McCrory JL, Kibler B, Uhl TL. Differences in kinematics and electromyographic activity between men and women during single leg squat. Am J Sports Med. 2003;31:449–456.
Lephart SM, Ferris CM, Riemann BL, Myers JB, Fu FH. Gender differences in strength and lower extremity kinematics during landing. Clin Orthop Relat Res. 2002;401:162–169
HEINERT, Becky L. et al. Hip abductor weakness and lower extremity kinematics during running. Journal of sport rehabilitation, v. 17, n. 3, p. 243, 2008.
Milner CE, Hamill J, Davis IS. Distinct hip and rearfoot kinematics in female runners with a history of tibial stress fracture. J Orthop Sports Phys Ther. 2010;40:59–66.
Bennett JE, Reinking MF, Pluemer B, Pentel A, Seaton M, Killian C. Factors contributing to the development of medial tibial stress syndrome in high school runners. J Orthop Sports Phys Ther. 2001;31:504–510

Nenhum comentário:

Postar um comentário