segunda-feira, 13 de abril de 2015

Importância da atividade física: prevenção de doenças e envelhecimento

De fato, o número de sedentários tem aumentado no Brasil. Em 2006, 13,2% dos entrevistados num inquérito populacional relataram não praticar nenhuma atividade física e, em 2008, este índice foi de 17,4%. As DCNT (doenças crônicas não transmissíveis) são, em sua maioria, causadas por fatores de risco ligados às modificações nos hábitos de vida, principalmente às dietas calóricas e ricas em sal e gorduras e ao aumento expressivo do sedentarismo. Sabe-se que pessoas sedentárias têm risco entre 20% e 30% maior de mortalidade por todas as causas e, principalmente, por doenças cardiovasculares. A atividade física regular reduz o risco de diabetes, obesidade, dislipidemia, câncer de mama e de cólon, osteoporose e promove benefícios cardiovasculares já bem estabelecidos. Desta forma, a atividade física é uma importante estratégia para a prevenção e o controle das DCNT. Além de evitar doenças importantes, a atividade física é essencial para todas faixas etárias para uma manutenção cognitiva.

Hoje há diversos estudos investigando os benefícios da atividade física no envelhecimento e até mesmo para o idoso. Com o envelhecimento há alterações fisiológicas que ocorrem no aparellho locomotor devido ao envelhecimento como perda de massa muscular, perda do equilíbrio corporal, diminuição da massa óssea e osteoartrose causam limitações às atividade da vida diária do idoso, comprometendo sua qualidade de vida e o tornando mais frágil e dependente. A diminuição do nível de atividade pode levar o idoso a um estado de fragilidade e de dependência. Evidências atuais demonstram que a atividade física traz benefícios à saúde do idoso, mantendo independência funcional e melhorando sua qualidade de vida. A perda da força e da potência musculares leva à diminuição na capacidade de promover torque articular rápido e necessário às atividades que requerem força moderada, como: elevar-se da cadeira, subir escadas e manter o equilíbrio ao evitar obstáculos. Isso, além de causar maior dependência do indivíduo, pode facilitar as quedas. Aproximadamente 30% das pessoas com mais de 65 anos e metade das com mais de 80 anos sofrem uma queda a cada ano. A queda ou a lesão decorrente dela pode ter efeito devastador na independência do indivíduo e em sua qualidade de vida.Na mulher, nos primeiros anos pós-menopausa, o desequilíbrio nessa relação é mediado pela insuficiência de estrógeno. Mais tardiamente, à medida que aumentam as necessidades de cálcio com a idade, as deficiências desse e de vitamina D adquirem maior importância do ponto de vista etiológico.no idoso, é necessário que o fortalecimento muscular seja feito em alta intensidade. Alguns estudos com fortalecimento de baixa intensidade resultaram em aumento da força muscular, porém, com ausência ou efeito muito baixo na saúde do idoso. Apesar de o fortalecimento muscular levar a melhora da função, outros exercícios mais funcionais são necessários para haver ganho maior no equilíbrio e na independência do idoso. Entre essas atividades incluem-se: exercícios com peso, corrida e aulas em academias. Caminhadas isoladas não aumentam a densidade óssea, porém, ajudam a mantê-la. Nakatsuka et al. mostraram em seu estudo que a atividade física de moderada intensidade pode aumentar a massa óssea pós-menopausa, porém, o ganho era modesto e específico para determinadas regiões do corpo.

Portanto, lembrem-se da importância da prática de atividades físicas, principalmente com o envelhecimento e tornem-se praticantes regulares! Estamos te esperando!

Fonte: Nakatsuka K, Kawakami H, Miki T. Exercise and physical therapy in osteopo‐ rosis. Nippon Rinsho. 1994; 52(9):2360‐6.
Tak E, Staats P, Van Hespen A, Hopman‐Rock M. The effects of an exercise program for older adults with osteoarthritis of the hip. J Rheumatol. 2005 Jun;32(6):1106‐13.
Livro: Fisiologia do Exercício e Atividade Física e o envelhecimento.
  

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