A ideia de que o treinamento de força (musculação) é uma atividade restrita a jovens e/ou atletas não é incomum. Mas, com o aumento da incidência de doenças cardiovasculares e morte associadas a hábitos sedentários, o exercício assumiu um papel de destaque; contudo, o foco sempre esteve sobre o exercício aeróbio. Neste cenário, os exercícios de força seguiam preteridos, e mesmos os profissionais de saúde consideravam-os inadequados ou mesmo “perigosos” para outras populações que não a de atletas.

Muitos são os trabalhos dedicados à investigação dos benefícios do treinamento de força sobre os mais diferentes aspectos relacionados à saúde. Em relação ao envelhecimento, uma quantidade substanciosa de estudos demonstra que modelos relativamente simples de treinamento de força (algo como 2 ou 3 sessões semanais não consecutivas constituídas por 12 a 20 séries de exercícios) são suficientes para induzir aumentos de massa muscular em adultos de todas as idades (estendendo-se até os centagenários). Estudos científicos apontam para melhoras na força muscular, no controle do movimento, no desempenho de atividades da vida diária, na velocidade de caminhada e na independência funcional (autonomia), entre outros benefícios. Os efeitos metabólicos desta modalidade de exercício também são bem descritos e compreendem o aumento da taxa metabólica basal (estima-se que o aumento de 1kg de músculo treinado implique em um aumento de 20cal/dia), a redução da gordura corporal (incluindo a redução da gordura visceral, o que diminui o risco para desenvolvimento do diabetes), melhora da saúde cardiovascular e da saúde mental (incluindo aspectos como incidência de depressão, melhora da qualidade do sono e da função cognitiva, por exemplo).
Fonte: http://www.cienciainforma.com.br/
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